Atualmente, o universo da beleza está mais presente do que nunca no cotidiano de crianças e adolescentes. Com o crescimento das redes sociais, influenciadores mirins passaram a compartilhar rotinas de skincare e maquiagens elaboradas, despertando o interesse de outros jovens por esse tipo de conteúdo. Esse movimento deu origem ao termo Geração Sephora — referência ao envolvimento precoce com cosméticos e cuidados estéticos.
Perigos escondidos nas prateleiras
Desde então, especialistas vêm alertando sobre os riscos dessa vaidade precoce. Em entrevista ao Correio Braziliense, a dermatologista Dra. Ana Carolina Sumam explicou que muitos produtos populares contêm ativos fortes, como ácidos e retinóides, que não foram desenvolvidos para a pele infantil. O uso sem acompanhamento pode provocar alergias, irritações, ressecamento e até prejuízos na barreira cutânea.
Consequências emocionais também preocupam
Além dos danos físicos, é importante considerar os impactos psicológicos. Frequentemente, crianças que consomem conteúdos idealizados de beleza desenvolvem baixa autoestima, comparação excessiva e insatisfação com a própria imagem. Por isso, a Dra. Ana Carolina reforça que o cuidado com a saúde mental deve caminhar junto com o diálogo sobre beleza real e autocuidado saudável.
O papel dos pais na educação estética
Por outro lado, é natural que a curiosidade sobre vaidade surja durante o crescimento. Nesse sentido, os pais devem atuar como guias, orientando o uso de cosméticos de forma segura e consciente. Conforme destaca a Dra. Ana Carolina, o ideal é que os cuidados com a pele sejam apresentados como uma forma de saúde, e não de busca por perfeição.
Recomendações práticas para os pais
A partir disso, alguns cuidados se tornam indispensáveis:
-
Supervisionar o conteúdo consumido online;
-
Levar a criança a um dermatologista antes de liberar o uso de produtos;
-
Priorizar cosméticos suaves e específicos para a faixa etária;
-
Estimular hábitos simples, como lavar o rosto e usar protetor solar infantil.
Conclusão
Em resumo, a vaidade não precisa ser tratada como um problema — desde que orientada com responsabilidade. Com apoio profissional e acompanhamento familiar, o interesse da Geração Sephora pela estética pode se transformar em autocuidado consciente, autoestima e bem-estar. A Dra. Ana Carolina Sumam defende que, com equilíbrio, é possível educar para a beleza de forma saudável e segura.
Leia a matéria completa com a participação da Dra. Ana Carolina Sumam no Correio Braziliense clicando nesse link.